Guerra

Acerca de todos os caminhos que ainda não trilhei, que há muito tramei, calculei, em vão ou não, estes que efetivamente ainda não começei a percorrer, espero apenas que se tornem o mais próximo de reais possível. Ao menos que cheguem perto do que tanto imaginei. Como um ranço das épocas que se foram, onde sonhar era algo assíduo, sem limitações e totalmente espontâneo: tudo que via transmutava meu ver, fazia brilhar os olhos e escolher novamente o que queria ser quando crescesse, um dia. Data esta que chegou sem avisar, se deu prioridade e afogou metade das noites que não passo mais dormindo. Contudo, independente de quaisquer porém, faço como Maskelyne, como sempre fiz! Usando tudo que tenho, mesmo sendo poucos os recursos, os transformo em recursos determinantes. Sem o intuito de enganar meus inimigos, sem esta malícia, no entanto com mais prudência, ainda somente tentando me estabelecer. Camuflando meus pontos fracos, me apropriando do pouco que tenho para tentar ser um pouco mais.

Ser paciente

Sou meu próprio paciente, sem intermediários graduados
Sem delegar o dever de dizer-me doente
Não permito, nem a mim mesmo, adoecer
Quem diga, por deveras fosse, que este diagnóstico venha de outrem
Isto de me perdurar por qualquer especulação enferma
Também costuma ser abolido da minha existência
Portanto, minha saúde depende se sou meu próprio doutor
Autonomia para não enxergar que, na verdade, sou fraco demais
Alternância de humor quase inexistente
Visando sagaz a boa manutenção do espírito
Sem dramático terrorismo desacerbado ou exorbitância alguma.
Ultrajante e pouco ousado entendimento juvenil
Sem juventude de espírito nenhuma, aparentemente.
Enfatizo, aparentemente!
Buscando não me contradizer muito
Obrigado à carreira solo
Neste mundo onde o equilíbrio está na falta de equilíbrio
Ambíguo sinônimo de juízo
Pedindo bis.

Tudo errado

Final de tarde, começo de noite, não importa. O papagaio está lá, querendo dormir pendurado no portão enferrujado, esbravejando o que comprova minha ira. Independente se todas as vezes que evitei aquela calçada me valeram para algo, ainda mais depois do dia de hoje — mesmo se agora tudo está mais calmo —, somente lembrar me faz cada vez mais ter a convicção de como tudo está errado. Parelha de manicure com desempregado, viciado, violentos, ela. Já mandei parar! Inferno! Inferno.. oh. Poucas palavras, voz aguda, não humana, demasiadamente oscilante. Só em ouvir o choro ou se chama vira um bicho-mãe, mãe essa de três, cheia de fúria, esbanja covardia em ações livres de tentativas de reação. Ninguém na rua. O tempo juntamente aos meus afazeres comuns submergem as lembranças desses fatos, porém, sem perdê-los ou sem que eles percam o tom horroroso cinza. Voltando ao dia de hoje, para infelicidade dos réus, o único que "sabe" falar é, também, o único que tem coragem de dizer o que realmente acontece por trás daqueles portões, entre aquelas paredes, sob aquele teto de laje. Já mandei parar! Inferno! Oh.. inferno! Oh. Lamento pelos pequenos, meia década de idade e já tantas expectativas furadas sobre o que tem de bom na vida. Enfim meu caminho termina, o que não terminou ainda é a penosa rotina daquele projeto de família. Só espero que o vocabulário daquela ave não se aprimore, menos ainda tomando de instrutora aquela mãe-vilã, manicure, sempre irritada.

Caravelas

Querer tanto e não saber por onde começar a buscar essas tão almejadas conquistas. Triste ao deparar-se com o desânimo momentâneo e os maus pensamentos, que nos fazem imaginar uma infinidade de possibilidades de como aquele pequeno e mísero erro pode nos fazer arruinar. Ruínas à vista, simultaneamente, nos dão coragem e intimidam. Como será daqui para o fim? Indagar-se em nada irá ajudar. É como querer enxergar antes de abrir os olhos, ou ainda, como querer ver um sonho se realizando sem brigar consigo mesmo para torna-lo real. Epicurista ou não, tenho convicção de que a felicidade deve ser algo mais do que apenas sorte ou destino. Faço a minha vida, as minhas vitórias, embora pequenas demais ainda. Crio a minha vez, não espero nada, nem mesmo de ninguém ao ler isto. Estou perto, ainda que longe, ao menos, dos meus sonhos. Posso segurar todos eles dentro de mim e fazê-los multiplicar a cada nova perspectiva da mesma realidade poluída. Comigo, um intrépido resquício de esperança, este, que já me pareceu faltar tantas vezes. Todavia, o que realmente importa é que ainda estou aqui, soprando as minhas próprias velas nessa imensidão nada transparente e cinza.

Estrada

Tem gente que julga de forma cruel, precipitada
que segrega e não quer ser marginalizada
que não enxerga o próprio erro
que se esquece de dobrar os joelhos
porém, não para pedir pão
perdão.
Mesmo estando nessa longa estrada
rumo a onde o por-do-sol desata
estando todos juntos, em marcha
buscando talvez a mesma prata
ainda que sem tesouro algum.
Pois, na verdade,
o tesouro mesmo é de todos.
Ainda falando do ouro
ouro mesmo é o outro,
e quem não enxerga esse tipo de conceito
é porque está precisando voltar ao começo
e dobrar novamente os joelhos.

Rir a gosto

Olhar mais pro alto 
pisar no chão descalço 
esfregar as mãos no asfalto 
resgatar qualquer resquício 
aprender: a força não te falta mais. 
Sempre a caminhar! 
A desvendar um segredo 
sonhar até antes de deitar 
se despreoculpar e dormir descansado 
sem ter mais problema algum.

Viver

Se tornou ultrapassado, porém faz bem. E os dias que parecem demorar a chegar ao fim, ironizados pelas semanas, que voam. Como os meses, que parecem, muitas vezes, não ter dia trinta. Novamente o tempo ri de nós, tendo em vista que os anos também passam rápido demais. Contudo, temos ainda a eterna falta de fé na incerteza, tentamos prever todos os passos a se dar, o que normalmente é em vão. O mais sensato seria se nortear através dos objetivos que tem. Não ser um caçador de facilidades, fazer o que quer, independente se o vento está soprando contra ou à favor. A propósito, os ventos mudam também. Todos detêm capacidade, basta querer transformá-la em habilidade. Apenas não pense que é simples ou fácil, afinal, um pouco de trabalho pesado sempre é necessário. Senso de prioridade e foco são duas características necessárias para quem quer alcançar o que se almeja, seja esta coisa o que for. Temos pouco tempo. A cada dia que se acorda, não haveria de ter nenhum outro motivador além do fato de se ter acordado para isso de viver. É bem como nesse exato momento, não sei se estou me fazendo entender, mas preciso tentar. Apenas não se esqueça que quando despertamos estamos um passo à frente, neste caminho e se não abrirmos os olhos enquanto podemos caminhar, em algum tempo, poderá ser tarde até para se lamentar. Sem mais. 

Mundo digital em contexto (Enem 2011)

     Os notáveis avanços tecnológicos estão rapidamente transformando a nossa vida. Conhecendo quem está fisicamente distante, nos dando diferentes pontos de vista dos acontecimentos em tempo real e principalmente trazendo informação, causando estranhamento e formando opinião.
    Atualmente existe a necessidade de se ter e manter laços afetivos. A rede, dentre outras coisas, trouxe consigo a possibilidade de conhecermos pessoas que compartilhem a mesma opinião sobre uma infinidade de assuntos, tornando assim, mais fácil essa "aproximação". Temos também a mobilidade de conexão, que facilitou a transmissão quase instantânea e mais pragmática dos acontecimentos, eventos ou propriamente notícias de maneira natural e imparcial  o que antes era impossível tendo apenas como fonte de dados os jornais impressos ou televisionados, monopolizados pelas únicas seis grandes emissoras nacionais  imparcialidade essa acentuada nas épocas de eleições presidenciais.
    Contudo, ainda é importante pontuar a Internet não como apenas modo de transmissão de dados, mas sim como "local" de discussão, onde são disseminados ideais e conceitos de vários aspectos, sejam eles políticos, organizacionais ou ainda comportamentais.
    Ainda sim, nada disso seria possível sem uma preocupação maior com a popularização dessa tecnologia, direito firmado a todo e qualquer cidadão pela ONU neste ano. Sobretudo a instrução dos novos usuários e a incrementação dessas ferramentas no âmbito educacional, fazendo com que os processos didáticos se tornem mais dinâmicos e com isso, gerando maior absorção por parte dos alunos do conteúdo escolar. 

Devaneio

Poder andar por aí
Sem pensar muito no caminho
Mas tendo sempre um rumo
O rumo mais lindo do mundo
Meu norteador de sonhos preferido, inclusive.
Tantos abraços idealizados
Milimetricamente imaginados
Desde o vento
Até o perfume do teu cabelo
Tudo que pudesse conspirar ou não
Para que seja perfeito
Se bem que tudo ao teu lado não poderia ter outra classificação
Adjetivo
Se não
"Perfeição"

Como não sofrer por amor

Amor também é querer bem
então se acha que vai ficar melhor sem mim
pois vá, mas vá logo.
É isso.
Não se sofre por amor, amando.

Apenas maior que ontem

Nunca me supero demais
estou eternamente tentando chegar
onde estarei
quando não tiver mais tempo nenhum
de melhorar.

Dogmático

A consequência pode surgir logo na sequência, portanto, não esmaeça qualquer mera proeza de ninguém (ainda que desprezível, pois não é). Posto que só se possa dar o que recebeu, constantemente, então, por favor, não espere nada diferente, de quem não esperou nem isso. Tente deter a visão, ainda que fisicamente cego. Tudo isso e tudo assim, independente dos interesses de qualquer ninguém.

Matrixipócrita

Como assim, irritante e inadequado? Isto é, independente do que pareça ser, até de longe,  idêntico ao que escolheu seguir. Não entendo mesmo os motivos para tal aversão. Uma vez que o objeto em discussão, é apenas uma vertente fatalmente distinta, com relação a costumes e preferências, esta, do mesmo seguimento superficial. Se quer tanto criticar pare, pense duas vezes e tome pauta apenas as ideias.

Valor

Facilidade demais para alcançar o que se almeja é praticamente dizer que almejam poucos ou feitos simples. Um pouco de esmero dignifica e eterniza qualquer tipo de conquista, enfatizo, qualquer tipo de conquista. Imagina-te mais velho agora e me diz, do que adianta constituir família, descendentes, netos até, se não tiver nada para contá-los. Digo isto assim, não querendo dizer que a terceira idade é composta apenas por contadores de estórias, afinal, estamos todos vivos, todos podemos mudar e crescer, porém, querendo ou não, idades avançadas trazem limitações em geral. Contudo, isto tudo, é apenas feito no intuito de te fazer me entender no que pretendo: manter a alma grande, a fim de merecer tudo que procede qualquer avanço ou progresso próprio.

Anti-redes-sociais

Não é fobia à máquinas fotográficas, celulares ou qualquer coisa que capture digital ou analogicamente fotografias. Menos ainda traços de uma personalidade Anti-social. Apenas me comporto desta ou daquela maneira para não eternizar um momento num arquivo, que de fato não seria tratado desta maneira, “eternizável”. Atualmente cabe apenas a foto em questão um nome, dado muitas vezes pelo próprio sistema da máquina e raramente uma legenda, dizendo algo sobre o sujeito ou objeto, dizendo, na maioria dos casos, se é “fotografáfel” ou não. Não se utilizam mais uma foto para recordar algumas risadas, ultimamente elas só sabem lembrar da roupa que aquele cara foi à festa, por exemplo. Sem mais. Apenas algumas poucas exceções.

Como ver nascer o sol

Queria tanto ouvir a sua voz, mesmo que dizendo nada.
Queria tanto sentir o teu perfume
mesmo que abraçando outro cara.
Ver o teu sorriso..
Saberia quanto teria valor
ainda mais depois da inesquecível dor
de saber que estava a chorar.

Carta à criança

Oi. Consegue falar “oi”? Não consegue agora mas irá conseguir um dia, é fácil. A parte complicada disto é entender o motivo de mesmo sendo tão fácil, às vezes é tão difícil arrancar ela de algumas pessoas. Não deve estar entendendo nada né? Pois é, só não pense que entender o que eu falo vai te fazer entender algo sobre o que estou a falar.
Bom, estou tentando te fazer entender esse paradigma irônico que é “aprender a falar” mas tenha fixado em mente que é fácil mesmo, a parte difícil é falar a coisa certa; fazer o que fala, fazer o que queria que todos entendessem sem você precisar falar nada. Só estou complicando as coisas não é? Enfim.
Vou tentar te explicar mais uma vez, tá certo? Olha, aprender a entender o que os outros falam não quer dizer que vai conseguir achar motivos, para estar ouvindo essas coisas ditas por seja lá quem for, que deseja tanto saber o que é, de fato. As frases deles tem tudo, tem sentido, caso escritas tem também grafia correta, porém, você não entende o “porquê” delas estarem ali naquela ordem, dizendo aquela bobagem toda. Acho que ninguém realmente entende. É como se falassem tanto a fim de no meio dessa falação toda, quem tentar começar a ler, quando terminar, esquecer o que motivou a começar essa leitura e acabar assim, sem saber a causa de nada, nem discutir nada, ou seja? Aceitar tudo, sem saber para onde correr no final, sem saber o motivo e mesmo assim sem divergir.
Você pode não ter entendido nada criança, mas um dia você estará nessa idade (porque todos chamam esse sentimento de “fase”) e saberá escrever qualquer tipo de história, usar qualquer tipo de vocábulo, porém não vai entender nada do que eles querem viver.
Você será um dia a juventude (esperança) da nação.

Conceito x Arte.

Quem de fato está habilitado a julgar o que é arte e o que não é? Mesmo com essa miscigenação de povos e culturas, a sociedade insiste em deixar que uns, os mais ”estudados”, sejam porta voz da massa. Pois bem, isso para mim é preconceito, futilidade, é viver em um mundinho próprio, onde um grupo de pessoas com notoriedade e ideais que se assimilam vivem, com o propósito de difundir, ou melhor dizendo, com o propósito de nos empurrar o que DEVE ser considerado arte.
Assim como boa porcentagem da sociedade, me vejo em meio essa massa, sem voz ativa, sufocada com tanta informação desnecessária. Me sinto, ao ver dos ”estudados” incapaz de discernir arte de outra coisa qualquer, vulgarizando, tornando sem valor este conceito pré-estabelecido.
A arte deveria transmitir um estilo de vida, uma ideia, pensamentos, sonhos… reprimir pessoas e desconsiderá-las, é o mesmo que ‘cuspir na cara’ e dizer a ela que sua opinião de nada vale, que seus ideais são sem fundamentos, seus pensamentos sem valor, e seus sonhos fogem do aceitável.
O tempo de viver e agir assim, ja se esgotou. Essa é uma ideia ultrapassada, um estilo de vida que te prende, te cega e te impede de alcançar novos horizontes.
Tenha coragem de dizer o que te agrada, que te emociona, sem se importar com regrinhas e coisas que te empurram… a verdadeira arte está ao alcance de cada um. Conceitos e blá blá blá, quem precisa disso?

Ressalto

De Princípio, como dizem, é tudo muito incerto e de certo apenas temos o fim. Na verdade, deste, temos apenas como certeza o fato de que um dia chegará, mas ainda não existem métodos ou possibilidades de dedução: nem de datas, horas, um dia, um naquela semana. Ou seja, o “quando” ainda é desconhecido. Por vezes temos convicção de que isto é mentira (ou o calor do momento cria a insensatez despreocupação, em meio ao ambiente, quando altamente propício). Outras vezes ainda temos certeza de que o tão almejado ponto final está próximo, o que também não é muito confiável tendo em vista já tantos especialistas no assunto errarem sobre quem iria ou não morrer. Não seria muito sensato, portanto, ignorar quaisquer “um” sendo que esse mísero “um” pode ser vital dentro de qualquer contexto e realmente ser a diferença entre zero e alguma coisa, entre viver e morrer.
Parece um grande clichê quando te dizem para persistir honesto e que o importante mesmo é ser feliz, ao invés de endinheirado, como aprendemos ao longo de mais um processo amarrado ao amadurecimento superficial, que temos como normalidade atualmente. É como se fazendo “coisas de gente grande”, para todos eles você realmente se torne mais maduro, responsável, consciente, detentor de qualquer tipo de razão ou ainda convicção de alguns pontos de vista particulares, provindos de experiências próprias ou adquiridas de outras pessoas, próximas ou não, conhecidas ou não, verídicas ou não.
Tente.
Se arrisque.
Erre quantas vezes forem necessárias.
Erre até alcançar qualquer tipo de progresso.
E por fim, Nunca tenha medo de errar, não tenha medo de cair, mas tenha cuidado para não derrubar ninguém a sua volta. Não se esqueça de todos estes erros, quer dizer, não se esqueça deles para usá-los como referência, uma maneira de não errar mais.
Indo ainda um pouco mais além, quero dizer que você não deve sofrer por antecedência, nem sofra por amor, senão acaba sofrendo dobrado.
Se mantenha atento, porque sempre quem mais se importa é quem menos demonstra. Viva o segundo, viva o agora, esqueça o que já se foi, o que já tem outro dono; preserve o que conquistou, seja esta coisa grande ou pequena, seja nada, viva o nada!
Viva a falta de preocupações. Viva o desapego, viva o afeto.
Viva o que achar digno de viver, viva qualquer coisa, mas viva algo real.

Tente entender sem ler

Sem um skate ou companhia, longe de casa a desolação é eminente. Principalmente numa típica manhã pacata, começo de final de semana, nessa cidade pequena. Vou pelo canto, ao lado do meio-fio e na rua não sou capaz de enxergar nenhuma pedra “chutável” para me entreter: apenas algumas folhas, que são facilmente levadas pelo vento semi-gelado que torna esse sentimento cada vez mais perseptível e cada vez menos eficaz, qualquer tentantiva de evitá-lo. Vou cumprimentando quem não hesita em me encarar, na maioria das vezes homens e aparentemente aposentados, assim deduzo pelos grizalhos e bengalas, que carregam. Vejo um grupo de crianças correndo, gritando e vezes até caindo; mas todas tem algo em comum, são “brancas” e usam todas as peças de roupa necessárias para que não passem frio e dentre elas, há um menino feliz correndo descalço e meio sujo. Nesse momento, instantâneamente, meu olhar de “skatista” voltou e os meus passos que antes apenas eram largos, agora se tornam firmes também. Como alguém aparentemente tão frágil pode conviver com tanta facilidade junto a essa segregação de peito aberto e assim, sorrindo? Crianças não sabem finjir que estão felizes. Digo olhar de “skatista” porque este, não somente a mim, serve de escudo. Olhar firme e de concentração, que sempre falha na tarefa de eliminar o medo, mas que transborda vontade de viver, vontade de ultrapassar alguns limites conhecidos, que nos mostra outro obstáculo a superar e sim, os obstáculos são coisas boas. Vou conquistando o meu espaço, pouco a pouco e sei que não estou sozinho, não mais, pelo menos não depois de ver aquele menino lá, sorrindo e tentando ser feliz.